Na noite da última terça-feira (10), a empresa EJICEC, responsável pela elaboração do estudo de viabilidade do Porto Seco em Iguatu, apresentou o projeto em uma audiência pública no campus da Universidade Regional do Cariri (URCA). O evento reuniu diversos setores da sociedade, incluindo professores, empresários, representantes de bancos, políticos e membros da sociedade civil, marcando mais uma etapa no debate sobre a instalação do terminal de cargas na cidade.
A audiência foi aberta pela professora Jaquelini Souza, do curso de Economia da URCA, que ofereceu uma retrospectiva das discussões sobre a possível instalação do Porto Seco em Iguatu. Souza destacou o papel estratégico que a cidade desempenha dentro do contexto regional, especialmente considerando sua localização privilegiada no centro-sul do Ceará.
Em seguida, a estudante Ana Licia Luz apresentou a importância do Porto Seco para o desenvolvimento econômico de Iguatu, argumentando que a cidade possui as condições ideais para abrigar o empreendimento. Ela destacou que a instalação do terminal seria um vetor de crescimento não apenas para Iguatu, mas também para toda a região, dada a sua proximidade com corredores logísticos relevantes e a conexão com o restante do Nordeste.
Daiana, uma das representantes da empresa júnior EJICEC, detalhou os aspectos técnicos do projeto, ressaltando que a Transnordestina Logística — empresa responsável pela gestão da ferrovia que atenderá o Porto Seco — apresentou uma série de requisitos específicos para a viabilidade do empreendimento. Ela explicou que Iguatu atende a todos os critérios exigidos, principalmente em termos de infraestrutura, logística e localização estratégica.
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O estudo revelou que Iguatu já desempenha um papel de liderança em setores como o calçadista, grãos e serviços. Segundo a EJICEC, a cidade poderá expandir significativamente sua capacidade de exportação e desenvolvimento econômico com a implantação do terminal de cargas, posicionando-se como um importante hub logístico para a região.
Porto seco em Iguatu pode impulsionar setores estratégicos
Carlos Henrique, diretor-presidente da EJICEC, enfatizou o potencial de Iguatu no setor agrícola, apontando a fruticultura, especialmente a produção de banana, como um dos motores econômicos do município. Ele destacou que a cidade não apenas se destaca em termos de produção agrícola, mas também está bem posicionada para integrar a cadeia de exportação nacional com o suporte do Porto Seco.
Além disso, Henrique mencionou que o setor calçadista de Iguatu, liderado pela Dakota S/A, já superou em exportações a região do Cariri este ano. Segundo ele, a instalação do Porto Seco seria um fator determinante para impulsionar ainda mais essa indústria local, criando novas oportunidades de emprego e renda para a população.
Em um momento de perguntas da imprensa, a professora Jaquelini Souza comentou sobre a competição de Iguatu com outras cidades pela instalação do terminal. Ela citou Alex Trevisan, gerente de portos da Transnordestina, que afirmou que a criação de terminais em diferentes regiões do Ceará não inviabiliza o projeto em Iguatu, segundo Souza, reforçando que o estudo está sendo analisado cuidadosamente pela empresa, que enxerga um grande potencial na instalação do Porto Seco em Iguatu.
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